sábado, 23 de abril de 2011

O APEGO

O apego ao prazer do consumo é limitado.
Qualquer acção guiada a partir o desejo agradável leva a mais acção, toda a construção baseada no apego condiciona-nos a que seja mantida, tudo o que é adquirido ou desfrutado deve ser protegido da deterioração ou da perda. Aquilo que se pode perder, na realidade não nos pertence. Para que nos serve então?

Acreditamos em demasiadas coisas que ouvimos. Acreditamos em terras e povos distantes, em céus e infernos, em deuses e deusas, na segurança das centrais nucleares, na fiabilidade da economia, na veracidade das vacinas, etc. Tudo porque nos foi dito. O caminho para a Verdade abre-se através da desvinculação de Maya (Ignorância). De todos os apegos, o pior é a crença de que você é o corpo.

Disse o sábio: “Meu filho, no início era apenas a existência, uma sem segundo. Pergunta-te de onde nasce a primeira semente?
“Ele não é nem com o nascimento nem com a morte”.
Quando realmente somos conscientes, dizemos “Eu sou diferente do corpo”. Hoje sei que o corpo nasce e morre (transformação permanente), e que o que “Eu Sou” chegado o momento entra e sai dele constantemente (Eternidade). Por isso, hoje, estou a libertar-me deste andar às voltas na roda da transmigração. Hoje libero o que não sou para que a Consciência em Atman, ponha fim a esta rotação. Por conseguinte “Eu Sou” sempre diferente do corpo.
O mundo do devir, caracterizado pelo apego, a aversão, etc., é o efeito semelhante ao sonho: parece real enquanto persiste, revela-se irreal ao despertar.

“Ele é a glória eterna, o conhecedor de Brahman” (Absoluto).

Quando a ignorância é eliminada com a ajuda da Sruti, (‘o que se ouve’, o que escutaram os sábios rishis directamente de Deus), a Smriti (a tradição) e o raciocínio, o intelecto auto-concentrado do visionário da Verdade suprema torna-se estabelecido em Si mesmo, que é a natureza da Consciência pura, como um pedaço de sal (homogéneo), omnipenetrante como o éter, que não tem nem interior nem exterior.
Temos que pensar em Deus, como em algo que está presente no nosso Ser interno através do qual a divindade latente que existe em cada um de nós se manifesta.

O AMOR INCONDICIONAL possibilita a manifestação harmónica da energia Vital (Kundalini Shakti). A vivência de Kundalini Shakti, da experiência da Consciência Ininterrupta, o resplendor do “Eu Sou”. Esta energia está disponível para todo o mundo.
OM TAT SAT

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