sexta-feira, 23 de agosto de 2013

“Mundos Interiores Mundo Exteriores” - Além do Pensar, Além do Desejar, em direcção ao Despertar

“Pensar é apenas uma ferramenta. Um dos seis sentidos. Mas o elevamos a um estado tão superior que nos identificamos por nossos pensamentos. O motivo de não identificarmos o pensamento como um dos seis sentidos é bem significativo. Estamos tão imersos em nossos pensamentos que tentar explicá-lo como um sentido é como comentar com um peixe sobre a água. Água, que água?” - trecho do capítulo final, “Além do Pensar“, do documentário “Mundos Interiores Mundos Exteriores”

O quarta e último capítulo do documentário “Mundos Interiores Mundo Exteriores” (Inner Worlds Outer Worlds, 2012), é intitulado “Além do Pensar” e e faz exactamente isso: questiona o paradigma predominante do próprio pensar, acção chefe da existência humana dos nossos tempos e método padrão para a percepção e compreensão mundo, que fez da mente e de suas limitações um dos obstáculos principais dessa própria existência. Para isso, esse capítulo tem que trazer assuntos como a neuroplasticidade, a percepção dos sentidos e se torna também um dos mais filosóficos, citando o Samsara e o despertar budistas, trazendo versos inteiros dos Upanishades indianos e terminando com uma visão construtiva de um possível novo e simples paradigma (de um designer e engenheiro visionário), numa citação de Buckminster Fuller.

Para muitas pessoas, questionar o pensamento é inadmissível, é como questionar a inteligência. Ou como se isso fosse um pedido de abandono do raciocínio e do seu legado — de filosofia, de descobertas científicas e tecnológicas, etc. Mas não são coisas excludentes, talvez precisem apenas de uma perspectiva diferente e de uma nova relação entre si. “Uma mente calma é tudo o que você precisa para compreender a natureza do fluxo. Todo o resto acontece assim que sua mente aquietar“, afirma o documentário. Talvez não seja tão simples (talvez seja), mas embora corra esse risco de simplificar (e simplifica arriscadamente em algumas afirmações), o documentário chega a uma “ponto de tensão” interessante e necessário, que pede nossa consideração. (in dharmalog)

“E então, qual a alternativa ao pensamento? Que outro mecanismo os humanos podem usar para existirem nesse planeta? Enquanto a cultura ocidental nos últimos séculos focou-se na exploração do físico usando o pensamento e a análise, outras culturas antigas desenvolveram tecnologias igualmente sofisticadas para explorarem o espaço interior.” - trecho do capítulo final, “Além do Pensar“, do documentário “Mundos Interiores Mundos Exteriores”

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