Agápē
(en griego ἀγάπη) é o termo grego para descrever um tipo de amor incondicional
e reflexivo, no qual o amante apenas tem em conta o bem do ser amado. Alguns
filósofos gregos do tempo de Platão utilizaram o termo para designar, por
contraposição ao amor pessoal, o amor universal, entendido como amor à verdade
ou à humanidade.
Agápē é amor, é o desafio da pessoa espiritual
de "amar os seus inimigos", o "amar sem recompensa". É um
amor que flui até aos demais em forma de compaixão, bondade, ternura, e entrega
caritativa. [Nota: A caridade nem sempre implica dar coisas materiais. Dar atenção
pode ser
mais significativo que dar dinheiro ou bens materiais.]
O que Buda Ensinou:
1. Espalhe amor e benevolência universal, sem limite nem discriminação, a todos os seres viventes;
2. Tenha Compaixão por todos os seres vivos que sofrem, padecem de tribulações e estão aflitos;
3. Empatia, felicidade pela felicidade dos demais; e
4. Equanimidade perante todas as vicissitudes da vida.
1. Espalhe amor e benevolência universal, sem limite nem discriminação, a todos os seres viventes;
2. Tenha Compaixão por todos os seres vivos que sofrem, padecem de tribulações e estão aflitos;
3. Empatia, felicidade pela felicidade dos demais; e
4. Equanimidade perante todas as vicissitudes da vida.
A expressão de vacuidade é Amor, porque
vacuidade significa "vazio de eu". Quando não há eu, não há o outro.
Esta dualidade é criada pela ideia de eu, de Ego. Quando não há eu, há unidade,
comunhão. E sem o pensamento de "eu amo alguém", o Amor converte-se na
expressão natural dessa unidade. Lembre-se que toda a censura do que você viver
como o outro, no mais profundo é uma censura de você próprio.
Qual é o papel do Amor
na filosofia Advaita? Para responder a esta pergunta temos que
distinguir entre o que o mundo pensa o que é o Amor, e o Amor como o vê,
realmente, o sábio. Segundo o sábio, Amor é um termo que pode ser usado para
descrever a Consciência expressando-se a si mesma como manifestação, por
exemplo: uma nova experiência, realizada pelo Dr. Dean Radin, sugere que não
existe uma realidade independente da sua observação. Aparentemente a
consciência actua nas partículas subatómicas, modificando os seus estados
quânticos.
A palavra Amor, como é
geralmente entendida, denota separação, enquanto que nas relações
não-objectivas não amamos os outros, SOMOS os outros. (Por tal motivo somos
conscientes dos efeitos profundos do que chamamos divórcio com Ódio).
A presença da separação
é a ausência de Amor, e a presença de Amor é a ausência de separação.
Somente quando chegas à mais profunda convicção de que a mesma vida flui através de tudo, e que tu ÉS essa vida, podes começar a amar natural e espontaneamente.
Tudo emana do silêncio e do amor incondicional. (Coerência Fractal Universal).
Nisargadatta Maharaj disse ,"Quando todas as falsas auto-identificações são rejeitadas, o que fica é o Amor Universal." (Há que ir mais além da mente).
Ramesh diz que é mais correcto chamar ao Amor "harmonia" ou "bem-aventurança" e que o sentimento de fazer algo por alguém sem esperar nada em troca, poderia chamar-se Amor-libertador.
O amor só existe sem
objecto. O amor é o amor do não-objecto pelo não-objecto. Um objecto coloca
vestimentas ao Amor, coloca véus sobre ele. O que amamos numa pessoa não é o
corpo físico nem os pensamentos, mas sim a presença consciente do que temos
em comum com ele ou ela, o Ser, o não-objecto. O véu pode exercer um
poder temporal de atracção, mas apenas o verdadeiro Ser que permanece oculto,
pode trazer-nos o que buscamos.
Não amamos o outro,
amamos o amor no outro, isto não significa que temos que nos afastar do outro
para nos dirigirmos a Deus, o não-objecto, mas sim que vemos o outro como uma
expressão do Amor. As relações com o nosso companheiro, filho ou filha,
forasteiro ou estrangeiro, tomam, portanto, outra dimensão. A vida quotidiana
converte-se num campo de conhecimento que é sempre novo. Se nos aproximarmos do
outro como potencial de consciência divina, a força de Deus remove-nos a
máscara, fazendo com que se dê um milagre. E o milagre é o sorriso de Deus.
(Felicidade Plena).
Que diferença há entre
o amor não-dualista e o amor dualista? O amor não-dualista não é uma emoção, e
sim algo que transcende todas as emoções, sendo sempre incondicional porque não
reconhece a mudança, e é impessoal porque não reconhece a pessoa. O ser
não-dualista, não tem oposto e transcende todos os objectos, sendo que desta
forma não pode dirigir-se a nenhum objecto.
Por outro lado, uma vez
que a percepção de separação é a característica peculiar da ignorância
espiritual, o amor dualista baseia-se nos opostos desejo/medo. Envolve sempre o
apego aos objectos do amor (por exemplo, o amante), fazendo com que o
sofrimento seja inevitável quando as circunstâncias, tais como a mudança ou
desaparecimento do objecto do amor, tornam necessário desapegar-se dele. Sendo
a metade da dualidade amor/ódio, o amor dualista facilmente altera o ódio. É
muito pessoal e pode adoptar a forma de prazer, plenitude, alegria, desejo,
solidão, ciúme, possessão, culpabilidade, responsabilidade, necessidade,
identificação, subjugação, ou submissão. É como uma emoção ou sentimento que se
sente ao mesmo tempo que se percebe a separação, que se encontra num âmbito
totalmente diferente do amor não-dualista. No entanto, uma vez que o amor
não-dualista é a base de tudo na manifestação, inclusive o amor dualista,
participa dele, mantendo-se em grande parte inconsciente dele, é reconhecido
de imediato como absoluta intimidade e ternura. É, ao mesmo tempo, o
centro de nosso Ser e do Mundo. Esta presença é Amor.
Há alguma condição
especial antes de que esta qualidade de autêntico amor e compaixão se revele? A
condição é o desaparecimento, temporal ou definitiva, da ideia de um 'eu'
separado, não podendo ser, este desaparecimento, o resultado de uma acção
realizada por este 'eu'. O amor voa com as suas próprias asas e não conhece
leis, dando-se o aparecimento da graça que nos arranca da hipnose da separação.
A libertação surge com a própria liberdade Mas, não se deve daí
concluir que todo o acto e prática que tente estabelecer-nos no amor seja
inútil. Esta decisão limitar-nos-ia à estupidez intelectual. O anseio pelo amor
vem do amor, e não do ego separado. Pelo contrário, temos que entregar-nos a
tudo o que nos leva ao Amor. Nesta entrega descobrimos a verdadeira vida, a paz
interior que sempre procurámos.
No ensino não-dual, tanto as emoções "negativas" como as
"positivas" são de Deus. Luz e escuridão são ambas Deus. Quando a luz
ilumina a escuridão, é Deus iluminando Deus. Quando inundamos os outros com a
Luz do nosso próprio coração, chegamos a ser conscientes da nossa própria Luz e
a Luz dos demais, e as fronteiras artificiais entre o "eu" e o
"não-eu" tornam-se menos claras.
No Essencial nunca há separação, é na
identificação com maya (mente ilusória) donde erroneamente percebemos e
identificamos a separação. Por este motivo quando nos apegamos e
retroalimentamos a mente negativa, cometemos o erro do divórcio com Ódio.
OM TAT SAT