“A real crise em nosso
mundo não é a crise social, política ou econômica. É uma crise de
consciência, uma incapacidade de experimentarmos diretamente nossa
verdadeira natureza. Uma incapacidade de reconhecer essa natureza em todos
e em todas as coisas.”
trecho de Inner
Worlds Outer Worlds (2012)
Um documentário recém-lançado e intitulado “Mundos
Internos, Mundos Externos” (Inner Worlds Outer Worlds),
do canadense Daniel Schmidt, explora de maneira rica e visualmente atraente a
conhecida sabedoria antiga – Védica e Hermética - que afirma que “Assim
como no microcosmo, também no macrocosmo”. Reunindo
conhecimento actualizado como a descoberta recente do Bóson
de Higgs, trazendo conhecimentos ancestrais como dos Vedas,
do Budismo e
da Kaballah,
passando por insights de cientistas como Nikola Tesla (“estudou
com Swami Vivekananda”, um conhecido yogue indiano) e do matemático Benoit
Mandelbrot, além de citar de passagem Heráclito, Einstein,
Goethe, Richard Feynman e Kierkegaard e buscando o cruzamento dessas fontes de
conhecimento, “Mundos
Internos Mundos Externos” também apresenta com riqueza
visual os caminhos que a ciência e a sabedoria antiga
percorrem para entender o universo, como os padrões de fractais (de Mandelbrot)
e dos sons na matéria física como areia e água (de Chladni).
A primeira
parte do documentário, que segue abaixo na íntegra e legendada em português
(única parte legendada por enquanto), é chamada “Akasha“, uma
palavra em sânscrito que pode ser traduzida como “éter” ou “espaço“,
algo como um vácuo ou o “nada”, ou ainda, por aproximação, algo para o qual o
Bóson de Higgs parece se aproximar. Mas, “como Einstein percebeu, o
espaço vazio não é realmente vazio“. Com a voz prodigiosa da
narração de Patrick Sweeney, essa parte do documentário traz cenas
deslumbrantes como a sequência de fractais em movimento a partir do minuto
8:18 (um pouco antes há o buddhabrot) os
efeitos da vibração e do som na água e na areia (Cimática), imagens do universo
da Nasa e da Esa, animações com imagens de Buda e de laboratórios científicos,
e também explora o conceito ocidental de Logos, o
conceito védico de Nada Brahma, as possibilidades das descobertas da meditação e,
no fim, encerra com uma citação budista sobre o Dharma.
O director Daniel
Schmidt também é músico e professor de meditação,
e diz que fez o documentário para sintetizar e divulgar o que estava começando
a enxergar com a própria prática. “Conforme foi percebendo por insights meditativos, Daniel
viu que as mesmas realizações já tinham sido descobertas por tradições
espirituais ao redor do mundo e que todas as tradições compartilhavam um mesmo
ponto místico em comum”, informa o site oficial do documentário.
“Assim
como acima, abaixo.”
Hermes
Trismegistus, na Tábua de Esmeralda
in dharmalog
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