quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

APRESENTAÇÃO DO LIVRO "MÃE, PORQUE NÃO ESCREVES UM LIVRO"?

No próximo dia 9 de Dezembro, pelas 15h30, será realizada a apresentação do livro "MÃE, PORQUE NÃO ESCREVES UM LIVRO", da autoria de Lurdes Loureiro*, a qual terá lugar no CENTRO KAILAS - Viseu.

Desta forma, o CENTRO KAILAS, tem a honra de convidar V. Exa para esta sessão de apresentação. Trata-se de uma obra da chancela da editora "Universus", estando a apresentação a cargo da Autora! A entrada é livre!

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Nota da autora:

"A escrita é um desafio à criatividade, uma partilha , um estado de alma.
      Numa sociedade com falta de valores a vida torna-se uma mentira e por isso muito perigosa, em todos os sentidos.
        Penso, portanto, ser muito necessário fortalecermo-nos interiormente, para que possamos fazer face ao descalabro exterior, permanecendo conscientes, equilibrados, centrados e mais saudáveis.  Estes valores têm que renascer e reinar.
         Que cada um contribua com a sua parte, para esta “metamorfose”!
       Com este livro, sem pretensões, eu apenas desejo transmitir que é possível vencer      a inércia e medos de vária ordem, dando assim um melhor contributo à minha vida, e quem sabe, à de outros também."    Lurdes Loureiro


*NOTA BIOGRáFICA: 
Lurdes Loureiro nasceu a 10 de Junho, no concelho de Tondela, distrito de Viseu, onde viveu e estudou até 1969.
Fez o curso de Secretárias/Correspondentes/Dactilógrafas e Estenógrafas, na ex-Escola Lusitânia Feminina, em Lisboa.
A maior parte da sua vida profissional e pessoal decorreu nesta cidade.
Muito jovem ainda apercebeu-se da sua sensibilidade para as palavras ditadas pelos sentimentos, algumas delas publicadas em jornais regionais, outras em” jornalitos” de um grupo de ex-Combatentes da Guerra do Ultramar.
Em 2011, para comemoração dos 50 anos desta Guerra, os Serviços Sociais da Universidade de Coimbra elaboraram uma “Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial” tendo seleccionado, daquele jornalito, o seu poema- “Os Rapazes do meu País”, dedicado aos ex-Combatentes, para que fizesse parte daquela Obra.
Assim, o seu grito contra o esquecimento daqueles que arriscaram a vida pela Pátria, tem um eco naquela Antologia! No início de 2012, ao concorrer a um concurso de Literatura e Poesia organizado pelos Serviços Sociais da Função Pública adquire o estímulo e auto confiança necessários para dar um passo em frente.                     
Sensivelmente um mês depois lança-se na aventura de escrever…      

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Auto-indagação muito além de Maya

Para existir em MAYA-ILUSÃO há a necessidade do corpo, das emoções e dos pensamentos. A Consciência de SER, não é sujeita a manifestações de fenómenos, “Aquele que sempre É não pode ser descrito, simplesmente É.
Recorda que ser humilde, não é ser menos que alguém. É saber que não somos mais do que ninguém.

“Brahman-Deus-Absoluto-Tao”, a cada dia nos dá 86.400 segundos, dos quais apenas são  utilizados um par de segundos para se dar graças.

Devemos ver que o corpo é o campo no qual aparece o medo, a ansiedade, a defesa e a agressão. Não obstante, a ênfase não deve ser colocada no corpo, mas sim na presença, na Auto-indagação Consciente.


O ensinamento aponta directamente ao que não pode ser ensinado. As palavras, as acções, são umas muletas e este suporte perde gradualmente a sua concretização até que subitamente te encontras um dia em um não-estado que não pode ser ensinado.

As formulações são símbolos, indicações, e no final já não vês o símbolo senão aquilo a que o símbolo aponta.

Os velhos esquemas de pensar e actuar, de falsa identificação com o corpo, ao ter perdido a sua concretização, não tinham qualquer apoio.


Na interiorização da Auto-indagação, percebe-se que mesmo que não se faça nenhuma mudança voluntária, muitos dos apegos que haviam prevalecido na época anterior (antes da mudança efectuada) desapareceram. Havia sido seduzido por nomes e por formas, as quais me havia esforçado em possuir e alcançar, mas na vivência consciente da in-formação interior,  possibilitou-se um mundo de novas circunstâncias harmoniosas. A vivência Sáttvica é transformação consciente das limitações de Maya-Ignorância.


Os pensamentos vêm e vão, maus ou bons, o que quer que sejam. No entanto, você não se  deve inquietar, devido a que você (“Aquilo que sempre É”) nunca se perde. Assim pois, digo sempre, esteja você no céu ou no inferno, diga sempre que “EU SOU”


Observa, quando existimos identificados (apegados) com o corpo existe a limitação de perciber “Aquilo que Somos”. Quando nos libertamos do apego material-emocional-mental, possibilita-se a percepção do Éter-Consciência, estando agora completamente abertos, mas todavia o indivíduo não quer libertar-se do apego às manifestações e isso é ego. Libera-te do ego, e então vives consciente “Eu sou o que Sou” (Absoluto).


Recorda as palabras de um Ser Realizado, “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem. Matam o meu corpo, mas não podem matar-me a mim”.


O conhecimento e apego mental é a maior ignorância.


Nos Sutras encontram-se as cinco principais causas do porquê sofre a humanidade. Cinco coisas que nos causam dor, angústia e sofrimento, e cinco questões que nos impedem de chegar a um estado de iluminação. Falamos de Kleshas:


Avidya - O chefe deles. Com efeito, é devido a isto que surgem, e se expressam os outros quatro. Avidya significa IGNORÂNCIA. Não é como as coisas realmente são. É a ilusão que temos acerca de "nosso pequeno mundo" onde a maioria das vezes fechamos os olhos e o coração, e não deixamos que a verdade seja revelada.


OM TAT SAT

sábado, 1 de dezembro de 2012

PERCEPÇÃO SENSORIAL

SENSAÇÕES: SÃO IDENTIFICADAS PELA VIVÊNCIA ILUSÓRIA DAS COISAS.
PERCEPÇÃO: A FACULDADE DE INTUIR E VIVER CONSCIENTE.
   
Há percepção enquanto dormimos, durante o sonho. Mas, durante o sonho os objectos percebidos não são externos à mente. As imagens mentais aparecem, mal nos deitamos, na mente como resultado de experimentarmos os objectos externos durante a vigília, “MAYA-ILUSÃO”.
       
Há uma vivência diferente e subtil entre sensação e percepção.
Quando aparece a percepção, as sensações e os seus objectos (o qual é sujeito ao tempo e espaço) desaparecem. O objecto de percepção é uma construção da auto-consciência reflexiva.
   
Hoje tive uma experiência maravilhosa, a libertação consciente do meu apego a um ego negativo (é como um divórcio que nos liberta do apego sentimental), tendo percebido a libertação dos meus medos devido a esse ego, “GRAÇAS ABSOLUTO”.
Bem, então, parece que a sensação (e não a percepção) implica a realidade dos objectos externos, certo?
Durante o sonho não se reconhece a irrealidade dos objectos experimentados neste estado, sendo apenas reconhecidos ao acordar. De forma similar, o buscador iluminado é quem  despertou para um estado de consciência mais elevado e que compreende a irrealidade do mundo construído no denominado “estado de vigília”.
    
Recorda que Buda tentou iniciar os seus discípulos de forma gradual na compreensão da insubstancialidade do sujeito e objectos. Apenas o buscador iluminado pode compreender que a Realidade é apenas Consciência. Por isso, aqueles que ressoa no seu coração o aceitam. E aqueles que tentam compreendê-lo com a mente não o aceitam.
Digamos que, se não existe corpos, então como pode um açougueiro matar uma cabra e logo ser acusado por tirar a vida a um ser vivo? Lembra que, não somos o corpo que utilizamos, este é apenas um veículo! Ao matar o animal não se mata o Ser que habita no corpo. O acto de matar implica interromper uma corrente de consciência na Consciência Absoluta.
         
A PROFISSÃO DO AÇOUGUEIRO É PROIBIDA NO DHARMA (ORDEM NA CONSCIÊNCIA SUPERIOR).
        
O buscador iluminado está libertado da ignorância e transcendeu a consciência objecto-sujeito. Conhece a sua própria mente e a dos demais. Vive consciente na autêntica Essencialidade.
Agora sendo coerente e consciente pode viver e sentir que a Realidade é apenas CONSCIÊNCIA.
           
O NÃO-DUALISMO liberta-te do sofrimento, ao perceber que a dor é criada na errónea identificação com as formas criadas na mente. Ao viver em Consciência “Aqui e Agora” flui a compreensão, a coerência e a harmonia (AMOR INCONDICIONAL), o qual te liberta de todo o tipo de sofrimento.
OM TAT SAT
Felipe Santiago